O Exorcista do Papa
Russell Crowe é um cara que consegue migrar por diferentes gêneros e, salvo algumas exceções, considero ter poucos filmes ruins na carreira. Aqui ele protagoniza um bom terror com direção segura e trama bem amarrada.
O filme se inspira na figura real do Padre Gabriele Amorth, um exorcista-chefe do Vaticano que realizou milhares de exorcismos. Com um leve sotaque italiano, Crowe encarna Amorth de maneira carismática e convincente. Longe de ser um clérigo conservador, Amorth é um homem prático e com senso de humor afiado, que usa sua sagacidade e perspicácia para combater o mal. A trama segue Amorth numa investigação sobre um caso de possessão demoníaca que se mostra muito mais complexo e ameaçador do que a Igreja católica imaginava.
Apesar de não reinventar a roda no gênero de exorcismo, O Exorcista do Papa se destaca por sua execução. As cenas de possessão são intensas e bem realizadas, com efeitos práticos e visuais que causam um bom impacto. O roteiro equilibra bem o horror com a narrativa de mistério e até com direito a uma pegada cômica, mantendo o espectador envolvido durante todo o longa.
No final das contas, O Exorcista do Papa é uma lufada de ar fresco , sendo uma boa pedida para os fãs de filmes de terror que buscam algo além de sustos superficiais.
The Pope's Exorcist, 2023. Classificação: 18 anos. Dirigido por Julius Avery, com Russell Crowe, Daniel Zovatto e Alex Essoe.
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